terça-feira, 14 de junho de 2011




E teve aquele dia que você me olhou nos olhos e perguntou o que é que eu tinha, e eu senti vontade de responder: eu tenho um coração mole, frouxo e tolo, que só pensa em você. Mas respondi: nada não, só estou um pouco cansada. Aí você me perguntou o porquê do cansaço, e eu quis te responder: cansada de te esperar, de te jogar indiretas e você nunca notar a verdade, cansada de imaginar coisas que nunca vão acontecer. Mas engoli todas essas palavras e respondi: tive um dia cansativo, preciso ir para casa… Foi quando você disse que estava atrasado, mas que, se eu quisesse, me levaria em casa, logo me veio a cabeça: claro que eu quero! E quero que me segure pela mão, que entre em minha casa e assista a um filme comigo. Mas a falta de coragem me visitou novamente e eis que respondi: não precisa… Pode ir para casa descansar, tô acostumada a andar sozinha. Foi quando tu não entendeu mais uma vez minha indireta, despediu-se com um beijo no rosto e partiu dando as costas a mim e eu segui meu caminho de casa, mais uma vez sozinha e com a certeza de que você nunca saberia do que tenho guardado para você.

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